As 16 regras de ouro da poupança

Já sabemos que poupar não é tarefa fácil. A crise e a própria dinâmica da sociedade de consumo fazem com que a tendência natural das famílias seja a de esgotar o orçamento mensal, sem conseguir amealhar uma parte dos rendimentos. No entanto, existem 16 regras de ouro que, se não forem quebradas, garantem aumentar a poupança mensal. Preparado para as conhecer?

1. Definir objetivos e estratégias de poupança

Este é o primeiro passo para poupar dinheiro. Há que pegar na calculadora e no bloco de notas e fazer contas. Qual o valor que pretende poupar? Quanto precisa de guardar por mês? Consegue realmente economizar esse valor? É importante fazer contas e definir objetivos realistas. Não vale a pena estabelecer valores ambiciosos, quando já sabe à partida que não os vai conseguir cumprir. Tão importante como definir os objetivos, é perceber como é os que vai alcançar. É aqui que deve desenvolver uma estratégia de poupança, apontando no bloco de notas todas as medidas a tomar para atingir os objetivos definidos.

2. Estabelecer e cumprir (religiosamente) um orçamento mensal

Para conseguir controlar os gastos de forma eficaz, é necessário ter um planeamento rigoroso das despesas mensais, para que os gastos extraordinários sejam reduzidos ao mínimo. Só assim poderemos ter uma visão mais clara das despesas que podemos, ou não, efetuar. Ao definir um orçamento mensal, torna-se muito mais fácil evitar gastos desnecessários.

3. Analisar regularmente os serviços contratados

Manter os mesmos contratos anos e anos a fio é um erro crasso no que diz respeito à poupança. O mercado está cada vez mais competitivo, o que leva as empresas a baixar os preços. Uma área onde normalmente se podem fazer cortes significativos é nas comunicações: Internet, telefone e televisão. Para isso, basta rever os contratos efetuados e comparar o que se paga com aquilo que se pagaria em empresas concorrentes. E, por vezes, vale mesmo a pena mudar de fornecedor.

4. Reduzir as contas de luz e água

Não, não precisa de viver à luz das velas, mas saiba que há pequenas regras essenciais a cumprir, além do cuidado com as luzes distraidamente ligadas e aparelhos a funcionar durante o dia sem necessidade. É preciso acabar com as lâmpadas incandescentes, desligar os aparelhos em vez de os deixar em “stand-by” e optar apenas por eletrodomésticos de classe energética A+. Relativamente à conta da água, reduzem-se facilmente os consumos se, por exemplo, substituirmos os banhos de imersão pelo duche rápido. É também possível aproveitar a água fria que normalmente se desperdiça (enquanto aguardamos pela água quente) para diversas tarefas, como a rega de plantas ou a limpeza de casa.

5. Escolher os meios de transporte de forma consciente

Ao nível dos transportes, talvez possamos poupar algum dinheiro se seguirmos regras tão simples como selecionar com cuidado os postos de abastecimento de combustível mais baratos, se adotarmos uma condução mais racional e, acima de tudo, se avaliarmos corretamente as possibilidades de usar mais a bicicleta e andar a pé – evitando assim também a despesa do ginásio!

6. Planear muito bem as férias

Quer poupar dinheiro e, para isso, pensa em abdicar das suas férias? Não precisa de ser tão extremista. Existem várias soluções que permitem ter umas férias em conta. Afinal, também é preciso descansar e relaxar! Esqueça as agências de viagens e opte por uma programação pessoal atempada. Compare orçamentos, compre voos low cost, troque um hotel por um hostel, escolha um destino mais barato, aproveite as promoções ou tire férias na época baixa. No final das férias, para além de economizar um valor significativo, vai sentir orgulho da sua capacidade de organização.

7. Comprar fora de época

Relativamente à aquisição de roupa e calçado há uma regra muito eficaz: comprar fora de época. Poderemos poupar muito dinheiro se comprarmos roupa ou calçado de inverno ou de verão no final de cada uma dessas estações e, obviamente, na época de saldos. Quando é possível comprar três peças de roupa pelo preço de uma, não há margem para dúvidas que a poupança é garantida!

8. Separar o dinheiro para guardar no início do mês

Em termos de poupança real, normalmente é possível retirar algum dinheiro para poupar, mesmo que seja uma pequena quantia. É preciso, isso sim, fazê-lo logo no início do mês. E não se deixe levar por pensamentos derrotistas como “Só posso poupar 20€ por mês, nem vale a pena guardar…”. Já pensou que 20€ por mês, ao final de 5 anos, são 1200€?

9. Pensar antes de comprar

Precisa mesmo de comprar aquele tapete? Não é melhor acabar o champô que está a usar, antes de comprar um novo? Tem a certeza que fazer um crédito para comprar uma televisão nova é a melhor opção? Aquele conjunto de pratos que precisa mesmo de comprar, tem mesmo de ser da marca mais cara? É isso mesmo, antes de efetuar uma compra é preciso pensar muito bem. Deve refletir sobre se realmente precisa do que pretende adquirir, se é algo que pode pedir emprestado, ou se é realmente o momento certo para efetuar a compra. Se aplicar esta técnica às compras do dia-a-dia e às grandes compras, vai ver a sua poupança a engordar!

10. Controlar os gastos na alimentação

Quanto à alimentação, devemos optar pelo consumo de frutas e legumes da época e procurar sempre os hipermercados mais baratos. Aqui, há uma regra de ouro importantíssima: usar mais a cozinha, procurar fazê-lo como passatempo, em vez de ir a restaurantes ou comprar comida já confecionada. Ao desenvolver habilidades culinárias, vai conseguir aproveitar as sobras de uma refeição para criar um novo prato, aumentando ainda mais a poupança.

11. Formação familiar

Quando se vive em família, todos devem remar para o mesmo lado. De nada serve tentar economizar ao máximo, quando os restantes habitantes da casa não estão a ajudar. Informe toda a família dos objetivos comuns, e dos esforços coletivos e individuais a serem realizados. Mais importante do que dizer que têm de poupar, é explicar o porquê de terem de guardar dinheiro. Seja para juntar um pé-de-meia para alguma eventualidade ou, por exemplo, para fazer uma viagem, se todos estiverem informados a motivação para atingir os objetivos será maior.

12. Vales de desconto sempre à mão

Há vales de desconto em todo o lado! Nas revistas, nos supermercados, nos folhetos, em vários websites… Dedique alguns minutos do seu dia a pesquisar vales para diversos produtos e utilize-os quando fizer compras. Se podemos comprar a metade do preço, porquê pagar o valor total? Aproveite também as promoções realizadas nas superfícies comerciais. Caso seja um produto sempre necessário e que tenha um prazo de validade muito alargado como, por exemplo, o papel higiénico, aproveite os bons preços para fazer stock. Desta forma, consegue economizar naquele produto a longo prazo.

13. Cuidados constantes com o carro e com a casa

No que respeita ao automóvel, convém averiguar a possibilidade de mudar para uma seguradora mais barata, pelo que se aconselha o pedido de orçamento a outras empresas. Também é possível reduzir a despesa do automóvel adotando uma condução mais defensiva, fazendo uma manutenção regular do automóvel e evitando a todo o custo as multas. Relativamente à habitação, pequenos problemas (por exemplo, uma torneira a pingar) devem ser resolvidos antes que se tornem grandes problemas, cuja resolução é financeiramente mais elevada.

14. Pagar as contas no dia em que as recebe

Isso mesmo, as contas devem ser pagas no dia em que são recebidas. Desta forma, evita que as faturas caiam em esquecimento, evitando assim as taxas extra. Aderir ao serviço de homebanking vai facilitar esta tarefa, como também ajuda a controlar melhor todos os gastos. 

15. Aproveitar bem o que é de graça

Poupar não é motivo para se fechar em casa. Um passeio no campo, um pôr-do-sol na praia ou um mergulho no rio, são alguns dos grandes prazeres da vida… e são de graça! A verdade é que não precisa de gastar muito para ter bons momentos. Também é possível realizar atividades culturais sem despender de dinheiro. Pesquise na agenda cultural da cidade onde mora, pois há sempre visitas a museus, concertos no centro da cidade nas noites de verão, exposições de arte, visitas guiadas a monumentos, peças de teatro… Tudo sem custo de entrada!

16. Analisar os resultados de forma constante

Lembra-se do bloco de notas onde apontou os seus objetivos e estratégias? Está na hora de o ir buscar. É necessário analisar os resultados semanalmente. Precisa de ver se cumpriu o que prometeu, onde conseguiu poupar, o que pode melhorar… No final de cada mês, deve fazer um balanço das quatro semanas, percebendo assim onde gastou mais e menos. Os imprevistos também acontecem, sendo que é necessário apontar todas as despesas extra. Só assim consegue avaliar os resultados, poupando cada vez mais, de mês para mês.

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